Dona
Miraci foi ao mercado
Estranhamente
vestindo uma roupa de diabo,
Cabelo
cor de ouro, perfume de enxofre.
A
saia justa, num vermelho em couro,
pernas
desnudas de unhas negras afiadas,
e
seu rabo apontando
para
os pés de cabra (que querem dançar )
Dr Lepchak
extrai
cérebros,
Degusta
desde cedo, com leite e café
remédios coloridos –
num céu com vários sóis
Psicotrópicos
para um dia feliz,
Psiques
confusas com sorrisos bobos,
lobotomias
sinceras
abrem
a porta de um país das maravilhas,
onde
Alice e seu Gato gargalham o sentido da vida.
Agora
ele usa um perfume de formol francês -
num
traje de alvo branco cirurgião
e
num necrotério – estante de carnes cruas.
Faz
compras, sonha com o amor
E
eles querem o afago sincero das mãos do
monstro –
a
unha que arrepia o pescoço,
um
rodar perturbado em insanos carroceis-
até
que o mundo gire ao contrário,
e
os girassóis de Van Gogh
sejam
as flores de um novo encontro.
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