Em nosso apartamento
no centésimo andar,
Vejo a cidade que
eclode em contradições,
As flores vivas na varanda , e os sonhos crescem
Sob uma clara luz.
A velha vitrola recita os versos raros de Cazuza,
E o novo disco dos Surrealistas tem dois Incríveis lados B
No apartamento, Folia, Febre e Sol–
cumplicidade não comporta ausência.
Você me atrai como as órbitas celestes,
ofegante e pleno, vejo no teto o vasto céu noturno,
és estrela de primeira grandeza,
Que num toque tênue do olhar,
Me acorda em dimensões
Que eu nem mesmo sei.
A sede dos beijos nas bocas cansadas,
a subversão cúmplice de amantes impossíveis.
os sentidos frágeis e
intensos,
e o silêncio cansado
de dois,
No apartamento,
No apartamento.
No apartamento.
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